Avaliar seria um processo de auto conhecimento e, também, o conhecimento da realidade e da relação dos sujeitos com essa realidade. Seria um processo de análise, julgamento, recriação ou ressignificação das instituições que fazem parte dessa realidade e das pessoas que a mantém.
Questionam-se, assim, os
processos de avaliação da aprendizagem dos alunos que estão, usualmente,
centrados num desempenho cognitivo, sem referência a um projecto político -
pedagógico da escola, e, ainda, o sentido das avaliações escolares que se têm
direccionado, especialmente, para o acto de aprovar ou reprovar os alunos.
Ao lado desses aspectos,
surge uma das questões mais controvertidas nas práticas de avaliação: os
registos numéricos na aferição do rendimento dos alunos. Em oposição, o
conceito alternativo de avaliação baseia-se do rendimento dos alunos. Em
oposição, o conceito alternativo de avaliação baseia-se na perspectiva de
interestruturação do conhecimento, entendendo a acção de avaliar como
processual e reveladora das possibilidades de construção de um processo
educativo mais rico e mais dinâmico. Parte do pressuposto de que as diferenças
são positivas e fundamentais para o crescimento dos sujeitos no processo de
conhecimento da realidade.
Se a educação é concebida
como um direito à escola e as diferenças são positivas e fundamentais para o
crescimento dos sujeitos e do grupo do qual fazem parte, não caberia à escola o
papel de classificar, excluir ou sentenciar os alunos. A avaliação deveria
priorizar a identificação dos avanços e verificar as possibilidades de
redimensionamentos e de continuidades do processo educativo.
A avaliação é uma reflexão
sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos
alunos.
Os dados colectados no
decurso do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados
em relação a um padrão de desempenho e expressos em juízos de valor (bom, muito
bom, satisfatório) a cerca do aproveitamento escolar.
Libanêo (1994:196), define
avaliação:
Como um componente do
processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos
resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objectivos
propostos e, dai, orientar a tomada de decisões em relação às actividades
didácticas seguintes.
Piletti (2003:190) define
avaliação como:
Um processo contínuo de pesquisas que visa
interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista
mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que
haja condições de decidir sobre alternativas da planificação do trabalho do
professor e da escola como um todo.
Segundo Luckesi, citado por
Libâneo (2006), A avaliação é uma apreciação quantitativa sobre dados
relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar
decisões sobre o seu trabalho. Os dados relevantes se referem às várias
manifestações das situações didácticas, nas quais o professor e os alunos estão
empenhados em atingir os objectivos do ensino”.
Segundo Hoffmann
(1998), “Avaliar nesse novo paradigma é
dinamizar oportunidades de acção -reflexão, num acompanhamento permanente do
professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendência,
reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos
na construção de verdades formuladas e reformuladas”.
A avaliação visa
essencialmente:
ü Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares,
seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso
poderíamos chamar de avaliação inicial.
ü Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai
recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos
metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo -
classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.
Adequar o processo de
ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificANGOLA, Assembleia Nacional. (2001).
Lei nº 13/01 de 31 de Dezembro. Lei de bases do sistema de educação. Diário da
República, 1ª série, nº65,31 de Dezembro de 2001. Luanda: Imprensa Nacional.
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Tradução Joaquim Ferreira Gomes. Praga.
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VEIGA,
ILma Passos Alencastro. (1989). A prática pedagógica do professor de Didáctica.
Papirus Editora, Campinas.uldades, tendo em
vista os objectivos propostos.
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