quinta-feira, 27 de abril de 2017

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO PROCESSO DOCENTE EDUCATIVO
 Avaliar seria um processo de auto conhecimento e, também, o conhecimento da realidade e da relação dos sujeitos com essa realidade. Seria um processo de análise, julgamento, recriação ou ressignificação das instituições que fazem parte dessa realidade e das pessoas que a mantém.
Questionam-se, assim, os processos de avaliação da aprendizagem dos alunos que estão, usualmente, centrados num desempenho cognitivo, sem referência a um projecto político - pedagógico da escola, e, ainda, o sentido das avaliações escolares que se têm direccionado, especialmente, para o acto de aprovar ou reprovar os alunos.
Ao lado desses aspectos, surge uma das questões mais controvertidas nas práticas de avaliação: os registos numéricos na aferição do rendimento dos alunos. Em oposição, o conceito alternativo de avaliação baseia-se do rendimento dos alunos. Em oposição, o conceito alternativo de avaliação baseia-se na perspectiva de interestruturação do conhecimento, entendendo a acção de avaliar como processual e reveladora das possibilidades de construção de um processo educativo mais rico e mais dinâmico. Parte do pressuposto de que as diferenças são positivas e fundamentais para o crescimento dos sujeitos no processo de conhecimento da realidade.
Se a educação é concebida como um direito à escola e as diferenças são positivas e fundamentais para o crescimento dos sujeitos e do grupo do qual fazem parte, não caberia à escola o papel de classificar, excluir ou sentenciar os alunos. A avaliação deveria priorizar a identificação dos avanços e verificar as possibilidades de redimensionamentos e de continuidades do processo educativo.
A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos.
Os dados colectados no decurso do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de desempenho e expressos em juízos de valor (bom, muito bom, satisfatório) a cerca do aproveitamento escolar.
Libanêo (1994:196), define avaliação:
Como um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objectivos propostos e, dai, orientar a tomada de decisões em relação às actividades didácticas seguintes.
Piletti (2003:190) define avaliação como:
 Um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas da planificação do trabalho do professor e da escola como um todo.
Segundo Luckesi, citado por Libâneo (2006), A avaliação é uma apreciação quantitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Os dados relevantes se referem às várias manifestações das situações didácticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em atingir os objectivos do ensino”.
Segundo Hoffmann (1998),  “Avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de acção -reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendência, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas”.
A avaliação visa essencialmente:
ü  Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.
ü  Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo - classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.
Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificANGOLA, Assembleia Nacional. (2001). Lei nº 13/01 de 31 de Dezembro. Lei de bases do sistema de educação. Diário da República, 1ª série, nº65,31 de Dezembro de 2001. Luanda: Imprensa Nacional.
AYRES, António Tadeu.2004). A prática pedagógica competente, ampliando os saberes do professor. Editora vozes. Petrópolis.
COMENIO, J. Amos. (2001). Didáctica magna: a arte universal de ensinar tudo a todos. Tradução Joaquim Ferreira Gomes. Praga.
HAYDT, R.C. Cazaux (1994). Curso de Didáctica Geral. 4ª Edição, São Paulo: ática.
LIBANEO, J.C. (2003). Didáctica. São Paulo: Cortez.
LUCKESI, Cirpiano L. (1995). Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez.
PILETTI, Claudino. (2003). Didáctica Geral. 23ª Edição. São Paulo: Ática
VEIGA, ILma Passos Alencastro. (1989). A prática pedagógica do professor de Didáctica. Papirus Editora, Campinas.uldades, tendo em vista os objectivos propostos.


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