SURGIMENTO
E DESENVOLVIMENTO DA PEDAGOGIA COMO CIÊNCIA
A palavra pedagogia traduzida do grego, significa, arte de educar a
criança. A raiz desta palavra pode ser encontrada noutros vocábulos gregos da
época: por exemplo, em Esparta chamava-se “paidónomo”
ao encarregado do governo das crianças; e em Atenas deu-se o nome de “pedagogo”
ao escravo que conduzia as crianças à escola.
Na idade média, vamos encontrar a palavra “pedagogo” servindo para
significar os estudantes pobres que serviam de preceptores dos filhos dos
nobres.
Mais tarde, o significado deste termo adquiriu outro valor; assim
começou-se a chamar às pessoas que se dedicavam a educação das crianças e, para
isso, tinham uma preparação especial. Dessa maneira, surgiu a Pedagogia como
ciência da educação das novas gerações. Hoje, pedagogo é o especialista em
assuntos educacionais.
A palavra Pedagogia é proveniente do grego “Pais; Paidós”, que
significa “criança; menino” e do termo “Ago; Agoge”, que significa “conduzo;
conduzir”, significando
literalmente: “condução de crianças”.
Só no século XIV, a palavra “pedagogia” começa a ser empregada
com o sentido de ciência ou arte da educação”. Tendo sido vulgarizado a partir
do século XIX.
A pedagogia surge a partir de postulados filosóficos sobre a educação do
homem. A pedagogia no seu conjunto, teve um desenvolvimento histórico cumprindo
as tarefas que se formularam à escola em determinadas etapas do desenvolvimento
da sociedade. Alguns filósofos e pedagogos, tocados de interesses pela
educação, puseram-se a fazer investigações sobre os problemas suscitados pela
educação, com resultados diferentes. Alguns esforçaram-se por estabelecer a
melhor maneira de educar as jovens gerações. Outros procuraram encontrar os
métodos mais breves para educar mais rápida e eficazmente. Quase todos por meio
de algumas observações externas recolhidas a partir de métodos práticos.
O desenvolvimento das ciências e o incremento da produção e do comércio,
proporcionaram um desenvolvimento ininterrupto da educação, como esfera
especial da actividade humana no mundo antigo e na idade média e, gradualmente,
partiram que se criassem as condições para o surgimento de uma ciência
responsável pela educação do homem. Isto ocorreu no séc. XVII, com destaque
para Juan Amos Coménius (1592-1670), que criou o seu trabalho capital -
Didáctica Magna ou tratado da arte universal de Ensinar Tudo a todos - (1657).
A obra revela a importância deste pedagogo, que reside em ter sido o primeiro a
proclamar a tarefa de “ensinar tudo a todos”. Destaque também para Jean Jacques
Rousseau (1712-1778), que criticou o ensino escolar do seu tempo (livresco,
divorciado da vida) e desenvolveu uma concepção do ensino baseado nas
necessidades do educando e nas suas exigências imediatas, tendo destacado o
papel do conhecimento sensorial. Tal como Coménius considerava que na educação
da criança se deveria ter em conta as características próprias da idade, e a
estruturou tendo como centro a natureza infantil. Pestalozzi (1746-1827), que
defendeu a necessidade do estudo da psique da criança com fins didácticos. Já
Juan Frederico Herbart (1776-1841), elaborou os passos formais, como sendo de
cumprimento obrigatório e que devem obedecer sempre a mesma sequência
independentemente dos objectivos do ensino, do conteúdo e das particularidades
da idade dos alunos. Para Adolfo Diesterweg (1790-1866), sublinhou a
importância do desenvolvimento independente dos alunos. K. Ushinski, entendia o
ensino como processo de transmissão de conhecimentos e habilidades por parte do
professor, e a assimilação desses conhecimentos e habilidades por parte dos
alunos que vai do desconhecimento ao conhecimento.
A importância da Pedagogia é cada vez maior, ocupando na actualidade um
dos primeiros lugares dentro do sistema de ciências pedagógicas.
Lei de
base do sistema educativo angolano: lei 17/2016 de 7 de Outubro.
Lino,
Macedo (2005). Ensaios pedagógicos,
Editora Artmed, Porto Alegre.
Mário,
Osório Marques (2006). Pedagogia, a
ciência do educador.
Marques,
Ramiro (2000). Dicionário Pedagógico. Editora: presença.
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